Pega no livro

Clubes de leitura da Galiza com algum livro em português


II RAMAGEM LITERÁRIA DA PEGA NO LIVRO (RIANJO, 20 DE OUTUBRO)

Aguardamos-vos na II Ramagem Literária da Pega no Livro

De manhã, faremos um roteiro literário por Rianjo. Combinamos às 11h00 diante da casa de Manoel António (Rua de Abaixo, 24 – Rianjo)

Jantaremos no colégio Brea Segade, em Taragonha (cada pessoa leva a sua própria comida).

José Luis Orjais, à tarde (16h00) falará-nos de recolhas musicais em Rianjo e do Cancioneiro Lusófono que ele compilou.

Teremos a seguir um Troca-Troca de leituras: não esqueçais levar um livro para recomendar.

Quico Cadaval e Carlos Quiroga apresentarão O Crânio de Castelao, um livro coletivo escrito por vários autores lusófonos.

Podeis ler o programa completo aqui.

Para mais informações, enviai um email a:   peganolivro@gmail.com

Imagem


Meu pé de Laranja Lima (Jose Mauro de Vasconcelos) e Futuro imperfecto (Xulia Alonso)

livro-meu-pe-de-laranja-lima

Meu pé de laranja lima ( José Mauro de Vasconcelos)

Retrato social da marginalidade, contado a través dos olhos dum menino, se calhar com não poucas passagens autobiográficas.

O livro está cheio de emoções e de sonhos, de anseios e de frustrações, manejados com grande habilidade pelo autor, com uma narração esquisita, formosa, profundamente poética.

O pé de laranja lima é uma árvore na qual o menino desabafa, o que faz para que seja o seu melhor e quase que único amigo. Uma fantasia infantil que serve de refúgio face a adversidade duma vida excesivamente cruenta para uma criança esperta e inqueda. Acho que reproduzir apenas um trecho dá para perceber o tudo: “E foi assim que eu ganhei a minha roupa de poeta. E fiquei lindo”.

 

portada_futuro-imperfecto

 

Futuro imperfecto : (Xulia Alonso)

Transpira realismo, loita, traxedia e rebeldía. Contén toda a épica e o dramatismo dunha epopea urbana con raizame rural, transmitida con coraxe e sinceridade, sen caer no melodrama.

A narración flúe con unha gamela enfeitizada nas vagas do océano; mar atlántico coma aquel ollar inesquecible que a autora levará sempre consigo.

Linguaxe directo, amable e vigoroso; culto e natural a un tempo, equilibrado. Equilibrio dinámico, que dirían os físicos: vibrante e contaxioso; escintilante.

Como naquela “Crónica” que outrora relatara Gabo (García Márquez), “Futuro imperfecto” achéganos paseniño cara un final anunciado. Fermosa e fonda, dolorosa e reflexiva, seduce de tal xeito que acabas por desexar que o tal final nunca chegue, que un milagre nos converta en area da praia de Afife para sermos, como na fábula de Borges, en simultáneo suxeito e obxecto dun libro infinito.

 

Clube Lendo lendas